terça-feira, 28 de abril de 2009

Kfuro

Hora de parar para Ronaldo

Ronaldo está desmanchando seu nome.

Tem feito sua marca virar pó.

Não ajudou a trazer patrocínios para o Corinthians como se imaginava e só se mete em confusões.

Se ao lado do presidente imprudente e do diretor de futebol ou não é mero detalhe.

Porque nem Andrés Sanchez nem Antonio Carlos Zago representam nada no futebol mundial se comparado a ele, o Fenômeno.

Ronaldo tem todo o direito de viver como quiser e desfrutar do que acumulou pela sua vida de profissional do futebol.

Mas não consegue conviver com a ambiguidade da vontade de voltar a jogar bola de dia e de farrear à noite.

Por isso é que será melhor para ele anunciar que parou com o futebol.

Com o que não apenas não enganará mais ninguém, mas, sobretudo, deixará de se enganar.

Porque Ronaldo Fenômeno hoje é o Ronaldo Auto-Engano.

Infelizmente.

Juca Kfouri, 27 de fevereiro de 2009

Sim, Ronaldo voltou


O colunista vem a público para reconhecer, pela 3ª vez, que, sim, de fato, errou em relação ao Fenômeno


RONALDO NÃO é mais o mesmo. Nem poderia. Nem ele disse que seria.

Ontem, por exemplo, ele não fez quase nada, além de ter errado um ou dois passes bisonhamente.

Na verdade, ele "só" fez dois gols.

O segundo e o terceiro gols corintianos, quando o Santos mais apertava. O primeiro quando buscava o empate em 1 a 1 e depois na busca do 2 a 2. Resultado final: 3 a 1.

E o Corinthians está a uma derrota por dois gols de diferença de mais um título estadual, ou a um empate do título invicto, embora provavelmente a taça venha com vitória mesmo no Pacaembu.

Ou alguém imagina que Ronaldo não fará gols no domingo?

É claro que o Corinthians não saiu da Vila Belmiro com o estupendo resultado que obteve apenas por causa de Ronaldo.

Porque Felipe também foi fundamental, ao evitar, ao menos, quatro gols santistas.

O que dá a medida do que houve na partida, com o Corinthians sendo agredido e fazendo gols, com o Santos agredindo e sofrendo gols.

Mas Ronaldo merece mesmo um capítulo à parte.

Seu primeiro gol, o sétimo com a camisa 9 do Corinthians, foi de uma precisão cirúrgica, na matada de um chutão para cima de Chicão e na finalização, fria como a quente tarde santista não poderia imaginar.

Fulminante, sem que Fábio Costa, que falhara no primeiro gol corintiano na falta bem cobrada, mas defensável, pelo mesmo Chicão, pudesse sequer esboçar uma defesa.

O segundo gol de Ronaldo Fe...(quase escrevo Fenômeno) foi ainda mais espetacular.

De cobertura, como Pelé, como Pelé, aliás, disse ao sair de seu camarote.

De cobertura só, não.

De cobertura depois de uma finta seca sensacional em Triguinho.

Sim, sim, sim. Ronaldo voltou, como o Corinthians voltou.

E, se não voltará a ser o que foi, insista-se, como ele mesmo admite, depois de tanto esforço, depois de fazer tanta bobagem que não precisava ter feito, ainda precisando perder peso, será que será uma demasia voltar a chamá-lo de Fenômeno, oito gols em nove jogos?

Pode até ser.

Mas este colunista, que errou ao achar que ele não disputaria com brilho a Copa de 2002, que errou ao achar que ele disputaria com brilho a Copa de 2006 e que achou que ele não voltaria a ser competitivo em 2009, tem mais é que chamá-lo de Fenômeno, sim, Ronaldo Fenômeno, com todas as suas 15 letras.

E, se mais não fizer, para sempre será. E não se fala mais nisso.

Juca Kfouri, 27 de abril de 2009

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