segunda-feira, 17 de março de 2008

Sem pé nem cabeça

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Geografia não contribuiu com a separação

da Folha de S.Paulo

No passado, tanto a Cacajao ayresi quanto a Cacajao hosomi tinham um ancestral comum, como era o esperado.

Mas, ao contrário do que seria mais provável, segundo Jean Boubli, não foi uma barreira geográfica que ajudou na diferenciação das duas espécies.

"A nossa descoberta questiona a teoria de que os rios amazônicos funcionam como uma barreira e que, portanto, são eles que produzem a especiação na Amazônia", diz o pesquisador carioca radicado na Nova Zelândia.

No artigo escrito pelo grupo brasileiro, a explicação que surge para demonstrar como a diversidade dos macacos do norte do rio Negro aumentou ao longo do tempo é nova.

"Para nós, a exclusão competitiva entre os grupos pode ser o mecanismo causador da especiação", afirma o cientista.

Ou seja, o espaço geográfico ocupado pelas duas espécies de macaco não foi cortado ao meio por um rio qualquer.

Mas foi delimitado por fatores mais tênues, que são mantidos até hoje.

2 comentários:

Gustavo Ca disse...

fala de uma nova espécie de macaco, o macaco-moisés, que cortou um rio ao meio, ou alguma coisa assim.

Rogério Castilho disse...

Obrigado, Gus.
Foi a iluminação!