quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Canudo

Sempre fui contra a obrigatoriedade do diploma específico para a função de jornalista.
Faculdade de comunicação não faz de ninguém jornalista.
Da minha turma inicial de uns 100, dois ou três 'vingaram' - e olhe lá!
Quem entende melhor de economia do que um economista? Matemática, história, geografia, filosofia?
E parece que vem mudança por aí:
Da Folha O MEC (Ministério da Educação) estuda autorizar profissionais que tenham formação universitária em qualquer área a exercer a profissão de jornalista. O ministro Fernando Haddad (Educação) também quer discutir as diretrizes dos cursos oferecidos na área que passarão por uma supervisão, a exemplo do que ocorreu com direito, medicina e pedagogia. Ainda neste mês, o ministro disse que vai constituir um grupo de trabalho para apresentar, em 90 dias, uma proposta nesse sentido. "A comissão fará uma análise das diretrizes curriculares do jornalismo e, sobretudo, das perspectivas de graduados em outras áreas, mediante formação complementar, poderem fazer jus ao diploma." Ele disse à Folha que seu objetivo não é entrar na discussão travada no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Ministério do Trabalho sobre a obrigatoriedade do diploma, mas tratar da formação do jornalista. Do ponto de vista prático, se o STF -que deve julgar ação neste semestre- entender que o diploma de jornalista é obrigatório, a discussão se tornará inócua. "No mundo inteiro as pessoas se formam nessa área, mesmo onde não há obrigatoriedade. Sou favorável à boa formação. Não discuto a questão do exercício profissional." Para um profissional formado em outra área ser habilitado ao diploma de jornalista, ele precisaria cursar disciplinas essenciais para a formação na área, como técnica de reportagem, ética e redação, disse ele.

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